26 agosto 2009
Estudar sozinha nunca foi o meu forte. Só estudei para uma série de provas e, desde então assisto as aulas e muito pouca a mais. A partir de agora vou ter que me virar sozinha, estudar sozinha. Não tenho muita esperança que isso dê certo... tomara que passe logo e que eu passe de ano, mesmo.
19 agosto 2009
Não sei como eu me permiti não enxergar a minha própria situação e ainda por cima afirmar isso. Até aquele momento, eu mesma não sabia o que queria, me faltavam certezas que chegaram muito pouco tempo depois, mas momentos e palavras já haviam passado, o sentimento só crescia e continua crescendo.
Hoje tenho poucas certezas. Tenho certeza de quem amo e do quanto amo, que tenho que me entregar mais como eu já deveria ter me entregue. Tenho certeza que as minhas palavras não saem de acordo com o que sinto, as vezes elas aumentam e outras vezes diminuem, mas quanto a isso não sei (ainda) o que fazer. Espero ter consciência do que acontece comigo, do que sinto, do que faço e do que digo.
Mesmo ferindo, foi e é melhor deixar tudo claro, por mais que eu ainda não saiba se usei as palavras certas.
17 agosto 2009
nunca gostei de admitir, mas sempre fiquei bem mal quando tiro uma nota ruim, mesmo em português e esse é o ponto. em português, na grande maioria das vezes, vou mal, mas agora não... fui mal na de filosofia, de redação, de português e amanhã vem a de geohistória e não estou nada nada confiante... até em matemática acho que não vou bem e é aí que eu fico pior.
estou precisando de férias e ainda estamos em agosto. só 3 semanas não me deixam descansar direito.
vou tirar meus 7 dias no final/começo do ano. realmente quero ir pro mato, uma fazenda, qualquer coisa do tipo.
é impressionante como eu fico mal do nada. vou estudar um pouco pra ver se amanhã melhora.
10 agosto 2009
desde que aprendi a escrever eu cultivo esse hábito. escrever me acalma, deixa tudo aquilo que está se movimentando sem rumo em mim repousar fora de uma mente que procura um descanço, que só quer se livrar de tudo aquilo de que não é bem vindo. justamente, eu (quase) sempre escrevo quando não estou bem, quando quero desabafar e colocar de uma vez por todas alguma coisa pra fora e, com esse hábito, fica parecendo que minha vida nunca teve nada de interessante e pior, que eu só sei reclamar da vida. isso não é verdade, a verdade é que escrevo quando não estou legal.
hoje (mais precisamente nos últimos dois meses, com pequenas interrupções) estou muito bem, feliz, mas estou escrevendo. afinal, onde estão os números? todos os dias nesses útimos dois meses. é pra lá que eu vou nesses momentos, eles parecem bem mais atrativos e são bem mais facilmente solucionados do que nos outros dias 'comuns'. é muito mais difícil falar quando se está submerso na felicidade ao invés da tristeza, é um fato.
ontem passei o dia estudando física e dei um olhada no conteúdo de matemática. eu amo ficar horas ali vendo o mundo se traduzir em números e simbolos, tudo fica tão simples e me passa a sensação de que a vida é simples, me transporta para um mundo que é muito mais confortável, ams que não é o meu.
esse texto está sem fim, sem começo, sem nexo. não consigo me concentrar nas palavras certas nas horas certas
05 agosto 2009
“Vou explicar de novo, talvez não me tenha feito entender.
Quero você pra mim, mas isso não lhe dá o direito de agir como quiser. Lembre-se: sentimentos pedem correspondência, e se não nutridos, na melhor das hipóteses, morrem. Não se engane: quando ligo e você não atende, quando falo e você não ouve, quando olho e seu olhar desvia, algo acontece: não há pedido de desculpas, ainda mais quando repetido à exaustão, capaz de curar todas as feridas; se quer curar todas, aja como quem quer curar todas.
Talvez eu veja agora o que já deveria ver desde o início: que nenhum amor deve ser maior que aquele por si mesmo, e que nisto nada há de narcisismo; apenas a constatação de que, em todas as instâncias, é apenas conosco que podemos ter a certeza de sempre estar, a todo dia, em todas as horas, e que da nossa companhia é impossível fugir; assim, da mesma forma, é impossível fugir das cobranças que nos fazemos. Talvez agora eu veja que o egoísmo não é somente introspecctivo, mas também se mostra quando o outro parece-nos mais importante do que aquilo que nos compõe. Talvez eu tenha visto que as noites de choro, o entorpecimento do vinho e os ouvidos amigos não são opção de destino para aquilo que pretendia lhe oferecer.
Talvez eu tenha visto que o quero pra mim, mas não a qualquer preço.
Coloco-me onde devia estar: como quem o vê, como quem o quer, mas como alguém que responde àquilo que recebe.
Minha espera, agora, é em movimento.”
Renato Alt in Outono