A (minha) vida transformada em palavras

"Pensar é um ato, sentir é um fato" Clarice Lispector

04 julho 2011

Gosto de pensar, de escrever. Sempre gostei, mas de uns tempos pra cá isso se atrofiou de uma maneira estranha. Um pouco obrigatória e um pouco por inércia.
É tudo tão certo, tão formulado, tão "já determinado e formulado" que fugir disso é uma fuga mesmo, mas não pode ser feita por completo. Esse modelo todo de não debate, não pensamento individual, liberdade mesmo acaba desfazendo as coisas em mim. Acaba desfazendo o meu eu e criando um eu geral.
Não escrevo mais como escrevia, nem penso, nem crio, nem imagino e na maioria de suas vezes não é pra melhor não. Vivi por muito tempo imersa no debate mental, mas muito pequena, cresci e fui pra filosofia da matemática e sua falta de subjetividades, amadureci e virei o que eu sou hoje, mas sem tudo aquilo que eu queria. Queria ter tempo para explorar tudo aquilo da minha cabeça, do mundo, do que gosto, do que não gosto, mas ter a liberdade de escolha daquilo de que me terá serventia e do que será prazeroso. Se perde tanto tempo. TANTO tempo que não dá pra falar que faz parte.
Com mais pensamentos tudo estaria tão melhor pra quase todo mundo, pensamentos libertos e libertadores.

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